VIDA

DIA 1 - 2 Crónicas 15-16; João 12:27-50
DIA 2 - 2 Crónicas 17-18; João 13:1-20

Estamos precisamente a entrar no meio do ano!

O mês de junho está a chegar e é tempo de refletir sobre o que fizemos, as metas que já alcançámos e as que nos propomos a alcançar ainda este ano! É próprio do ser humano avaliar-se a si mesmo e é essencial viver determinando objetivos e fins a atingir.

Nesta semana, convidamo-lo, não só a realmente refletir em tudo o que já viveu este ano, mas também a sentar-se e escrever o que ainda quer alcançar. Sim, escrever! Para que possa recordar-se, para que possa ajudar-se a si mesmo a não desistir! Ainda há mais, há muito mais que Deus quer fazer consigo, por si, através de si. Tanto por viver, tanto por conhecer. Não se permita a si mesmo desistir ou baixar os braços, nem aceitar as circunstâncias que o rodeiam. Decida levantar-se e recomeçar. Ou talvez não seja recomeço, seja mesmo um início. Seja o que seja, faça-o.

Às vezes, é difícil crer que Ele está aqui. Não é fácil acreditar sempre que Ele existe, que Ele nos protege ou mesmo que Ele nos ama. Mas olhemos ao nosso redor e deixemo-nos convencer pelas marcas na natureza, pelas pegadas de Deus deixadas na Criação, na vida, na nossa existência, no nosso coração. E aí saberemos que, ainda que não tenhamos alcançado tudo, talvez tenhamos falhado ou desistido, mas ainda é tempo de (re)começar. É tempo de continuar a crer. E saber que Ele está ali.

Cheguemos até Ele com fé!

DEVOCIONAL DA SEMANA: "MARCAS NA NATUREZA"

“Após muito esforço, certo viajante que atravessava o deserto do Saara descobriu um oásis, onde resolveu passar a noite. Ao ver que o seu guia, muito sério, ajoelhara para orar, aproximou-se dele e disse:
- A que é que está a orar?
- A Deus.
Gozando do guia, o viajante perguntou:
- Por acaso você viu Deus?
- Não. Não o vi.
- Então, como sabe que Deus existe? Você pode me explicar e provar a existência dele?

Diante daquela pergunta, o guia manteve-se calado. Ao observar que este não podia responder com certeza, o viajante disse em tom arrogante:
- Neste mundo, Deus não existe! Todas as coisas aqui são produto do ocaso. Deus não passa de uma invenção da imaginação, em quem os imbecis e analfabetos, como você, depositam a confiança. Quem é instruído e civilizado, como eu, não crê em Deus. portanto, não pense em estupidezes e vá dormir

Depois de dizer isso, o viajante foi para a sua tenda e adormeceu. O guia ficou sozinho no meio da escuridão, pensativo por não ter dado nenhuma resposta ao homem. Sentiu-se bastante aborrecido e ficou a meditar em como poderia responder àquela pergunta. Depois de certo tempo, levantou-se da cama, montou no seu camelo e começou a dar dezenas de voltas ao redor da tenda onde o viajante estava a descansar. Em seguida, com um sorriso no rosto, amarrou o camelo e foi dormir.

Ao despertar, logo cedo pela manhã, o viajante observou que o camelo havia deixado pegadas ao redor da tenda e perguntou ao guia:
- Olhe, parece que você se esqueceu de amarrar o seu camelo.
- Como sabe? Por acaso o senhor viu o camelo andar por aí?
- Não, não vi.
- Então, como o senhor sabe que eu me esqueci de amarrar o camelo e que ele esteve a andar ao redor da sua tenda?

Rindo, o viajante apontou para as pegadas do camelo e disse:
- Olhe! Por acaso você não vê as marcas deixadas pelo seu camelo? Como não saber que um camelo esteve a dar voltas ao redor da minha tenda?
Diante dessa afirmação, o guia disse:
- Então, olhe lá – e apontou para o horizonte – Veja o sol que brilha e a beleza do deserto. Olhe a fonte de água do oásis. Observe as árvores verdes. Ouça o canto dos pássaros. Veja as lindas flores. Por acaso não são as pegadas deixadas por Deus? O senhor não viu o camelo dar voltas ao redor da sua tenda, mas sabe que ele esteve a andar aqui porque viu o seu rasto. O mesmo acontece em relação a Deus. O senhor não pode ver Deus, o Criador do Universo, com os seus olhos, mas pode ver toda a evidência que ele deixou. Por que não crê na sua existência?
Diante de tal afirmação, o viajante permaneceu mudo e não soube responder.”

(retirado do livro Fé que traz Felicidade, de David Yonggi Cho)

Esta história ensina-nos que o homem, mesmo na sua dimensão terrena, pode perceber o invisível. E a fé é isso mesmo, é o passaporte, é o que permite ao homem aceder ao mundo ilimitado, é o que nos faz chegar a Deus. A bíblia diz:

“Sem fé é impossível agradar a Deus…” – Hebreus 11:6.

É impossível agradá-Lo porque também é impossível ter acesso a Deus a não ser pela fé! Mas o interessante é que a fé também é algo dado por Deus ao homem. Ou seja, Deus diz que é impossível chegar a Ele a não ser pela fé. E depois, não põe a carga ao homem para que ele encontre um método para alcançar a fé. Se assim fosse, estaríamos diante aquela situação que muita gente diz que é: “Eu amo a Deus à minha maneira, eu falo com Deus à minha maneira”. Não existe isso da “minha maneira”! Ele próprio é quem dá ao homem a fé para que possa chegar a Ele!

“…conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” – Romanos 12:3.

Então, qualquer um de nós pode chegar a Deus! Todos temos a fé que Deus nos deu para alcançá-Lo, não à nossa maneira, mas à Sua maneira!

Olhamos para a sociedade e vemos como ela parece caminhar sozinha, sem problemas, sem Deus, resolvendo tudo com as suas forças. Até que, de repente, é confrontada com algo que lhe escapa do controlo e o medo atinge-a, deixando vidas sem esperança.

E aí vemos como, às vezes, até aqueles que dizem crer no Deus sobrenatural, verdadeiramente não vivem uma vida de confiança e segurança em Deus, acabando por levar uma vida igual a todos os outros.

Há algo em que precisamos crer: na Palavra de Deus. E toda a natureza fala e proclama a própria natureza de Deus! Na Criação descobrimos o dedo e as passadas de Deus!

“… Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis” – Romanos 1:19-20.

Retirado do blog Ana Ferreira